Quem somos
O Mercosur Consulting Group é um escritório de consultoria jurídica e econômica, fundado em Nova York em 1993 e oferece uma ampla gama de serviços de assessoramento e assistência profissional às empresas brasileiras interessadas em exportar para os Estados Unidos ou fazer negocios lá.
A despeito de ser o mercado dos Estados Unidos relativamente aberto, com tarifas de importação baixas para a maioria dos produtos importados da América Latina, devem ser adicionalmente levadas em consideração diversas normas técnicas e requisitos legais e administrativos que devem ser observados pelos exportadores. Alem disso, o tamanho e a sofisticação do mercado norte-americano são desafios que podem-se transformar facilmente em sérios obstáculos. Deve-se ainda adicionar o fato de que muitas vezes exportadores de produtos não tradicionais são forçados a enfrentar acusações - feitas por competidores norte-americanos - de dumping ou de recebimento de algum tipo de subsídio do governo brasileiro considerado irregular pelo governo dos Estados Unidos.
Como a ALCA Pode Beneficiar às Pequenas e Médias Empresas no Brasil
Texto da Palestra Oferecido na Conferência “Discussão Sobre a ALCA: Uma Visão Internacional”, Câmara Americana de Comércio da Bahia, Salvador do Bahia, BA, 28 de maio de 2003.
I. Introdução
As negociações para a formação de uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) incluindo todos os países do Hemisfério Ocidental (menos a Cuba de Fidel Castro) devem ser concluídas em janeiro de 2005. Após a ratificação do tratado por parte dos 34 governos involvidos na configuração da ALCA (um processo que se supõe será concluído até o final do 2005) prevê-se a implementação da tarifa zero num prazo de dez anos para a maioria dos bens trocados entre os participantes, como também (dentre outros temas) o estabelecimento de normas para regular o comércio de bens, de serviços, os investimentos, as compras governamentais, a propiedade intelectual, e a agricultura.
“A Crise que Solidifica o MERCOSUL”
Por Thomas A. O’Keefe e Lauro Locks Neto, 4 de abril de 1999.
Desde a maxi-desvalorização do Real, em meados de janeiro de 1999, a imprensa americana tem produzido previsões deveras sinistras sobre o futuro do MERCOSUL, a união aduaneira entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, que tem o Chile e a Bolivia como membros associados.
Capítulo 8: ARGENTINA
CAPÍTULO 8 EM COOPERAÇÃO ENERGÉTICA NAS AMÉRICAS: ENTRAVES E BENEFÍCIOS (Rio de Janeiro: Elsevier Editora, Ltda, 2008), Ps. 205-234
Thomas Andrew O’Keefe
Argentina chegou à auto-suficiência na produção de petróleo no começo da década de 1980 e dentro de uma década estava exportando óleo cru e gás natural para mercados regionais.[1] A transformação de país em exportador líquido de energia, na década de 1990, coincidiu com a decisão do então presidente Carlos Saúl Menem de privatizar e desregulamentar a maior parte do setor de energia. Essa decisão teve como resultado um influxo de capital estrangeiro que se fez acompanhar de transferência de tecnologias, substanciais reduções na poluição ambiental, aumentos na eficiência e na produtividade no setor energético e menores contas de eletricidade para os consumidores.
A desvalorização do peso em janeiro de 2002 e a simultânea intervenção no mercado tiveram um efeito devastador sobre as empresas privadas de energia. Para começar, acabaram com qualquer incentivo para exploração e desenvolvimento de novas reservas de energia, de expansão da capacidade de transporte e transmissão ou de investimento em novas e dispendiosas tecnologias importadas. Por conseguinte, quando a economia argentina começou a se recuperar, no fim de 2003, a demanda de energia logo excedeu a oferta disponível durante os meses de pico, no inverno e no verão. O congelamento das tarifas só fez piorar a situação, ao elevar artificialmente os níveis da demanda. Todos esses fatores contribuíram para a atual escassez de energia na Argentina, e também para as restrições a exportações de gás natural. Além disso, a Argentina foi obrigada a importar gás natural da Bolívia e eletricidade do Brasil, mais cara, e teve até de usar a empresa petroleira estatal da Venezuela para comprar óleo combustível de várias fontes em todo o mundo, a preços exorbitantes. Isso representa uma impressionante reviravolta em relação à situação reinante há uma década, quando havia quem apontasse a Argentina como uma importante produtora internacional de energia.